domingo, 17 de outubro de 2010

Última das eleições: Serra ataca a entrada dos estudantes a universidade.

Dilma: "Atacar o Enem é uma forma de Serra atacar o Prouni"

Em visita a Belo Horizonte neste sábado (16), a candidata à Presidência pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, rebateu as críticas feitas no dia anterior pelo adversário José Serra (PSDB) ao Enem. Ela lamentou mais uma tentativa da oposição de tirar a oportunidade dos jovens carentes terem acesso ao Ensino Superior.
“Eu acho um absurdo a declaração do candidato Serra a respeito do Enem. Quando se fala em vazamento é necessário que se perceba que foi um crime que está sendo investigado. E um crime contra o Enem", afirmou Dilma.

Segundo ela, o Enem tem sido essencial não só porque é uma forma do controle da qualidade do ensino, mas por ser um dos requisitos do Prouni. "Atacar o Enem agora é uma forma indireta do candidato Serra atacar o Prouni. Aliás, o partido do vice dele [DEM] entrou na Justiça pedindo para acabar com o Prouni, entraram no Supremo. E isso compromete as oportunidades que 700 mil estudantes estão tendo, o que é um absurdo.”
Dilma acrescentou: “Acabar com o Enem e dizer que o Enem é eleitoreiro é desconsiderar o papel que ele teve nesses anos todos no sentido dar o acesos das pessoas mais pobres a uma bolsa que paga todo curso numa universidade privada de boa qualidade”.
Dilma disse que vai ampliar o Prouni e fortalecer o Enem. “É isso que o governo Lula começou a fazer. Fizemos 14 universidades e 134 novos campi espalhados pelo interior. Eu pretendo continuar expandindo essa rede e garantir que as universidades estejam presentes onde as pessoas moram, porque se queremos de fato desenvolver o país precisamos espalhar universidades em todo território nacional”, explicou. Nesta sexta-feira (15), Serra afirmou que o Enem tsofreu “utilização política” e acabou “arruinado”.
A carreata de mais de 10 quilômetros pelas ruas de Belo Horizonte, nesta sábado, atraiu milhares de pessoas para ver a candidata Dilma Rousseff, o presidente Lula e o vice-presidente José Alencar. Do bairro das Magabeiras até a Praça Sete, militantes, trabalhadores e mineiros pararam para acenar, mandar beijos e gritar que estão com Dilma.
O trajeto passou por 13 pontos de concentração de militantes, que fizeram grande festa pela vitória da petista com bandeiras, serpentina e papel picado jogado dos edifícios. Na chegada da Praça Sete, uma multidão esperava por Lula, Dilma e Alencar para um rápido comício.

sábado, 16 de outubro de 2010

Datafolha abala otimismo tucano e anima militância pró-Dilma

A grande mídia, a oposição e até mesmo lideranças da base governista alimentaram nos últimos dias a suspeita de que a segunda pesquisa Datafolha do segundo turno traria o candidato da direita, José Serra, encostado na candidata da esquerda, Dilma Rousseff (PT). Mas não foi isso que aconteceu. Dilma continua com 8 pontos de vantagem sobre o tucano e o Datafolha ainda mostra um recorde na avaliação positiva do governo Lula.

Foi o que bastou para acabar com o otimismo na campanha tucana e reanimar a militância pró-Dilma. O desencanto da oposição com os números do Datafolha pode ser percebido pelo Twitter. Enquanto os usuários do microblog, alinhados com a candidatura de Serra, reclamavam de suposta manipulação de números, os apoiadores de Dilma comemoravam a dianteira da candidata e a boa avaliação do governo.
O ultra-direitista Reinaldo Azevedo, da igualmente reacionária revista Veja, vociferava contra o instituto de pesquisa: "O Datfolha afronta a matemática...", reclamou o jornalista, que havia postado em seu blog, pouco antes da pesquisa ser divulgada, que o Datafolha traria Dilma com apenas seis pontos de vantagem sobre Serra.
Já o cientista político e sócio da consultoria Arko Device, Murillo de Aragão, comentou em seu microblog que "considerando toda a onda da semana, o resultado do Datafolha é excepcional para a Dilma".
O ex-vereador de Capivari (SP) pelo PT, Luís Antônio Albiero, também usou o Twitter para comentar a pesquisa, mas fez um alerta válido: "Alô, militância #Dilma13. Legal o DataFolha, a Istoé, os programas de TV. Mas não podemos permitir que pesquisas e mídia pautem nosso ânimo!".
Quando a notícia sobre os novos números do Datafolha foi dada no evento do qual Dilma participava na zona leste de São Paulo, a militância ficou empolgada.
Dilma mantém vantagem de 8 pontos

Segundo o Datafolha divulgado nesta sexta-feira pelo Jornal Nacional, o cenário é de estabilidade. Dilma Rousseff (PT) tem 54% dos votos válidos, contra 46% de seu oponente, José Serra (PSDB). Os números são iguais aos registrados na pesquisa realizada na semana passada .
Em votos totais, a petista registrou uma leve oscilação para baixo, passando de 48% para 47%, enquanto o tucano se manteve com 41%. De acordo com a pesquisa, a taxa de indecisos oscilou para cima e agora está em 8% (na pesquisa anterior era 7%). Os que pretendem anular o voto ou votar em branco, 4%, eram em número idêntico na semana anterior.
Para o Datafolha, essa oscilação se explica por uma queda de 3 pontos percentuais entre o eleitorado de menor escolaridade, que representa 47% do total de eleitores no Brasil.
A pesquisa foi realizada nos dias 14 e 15 de outubro com 3.281 eleitores de 202 municípios brasileiros e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi encomendado pela Folha e a Rede Globo, e foi registrada no TSE sob o número 35.746.
Votação por regiões; Dilma cresce no Sudeste

Além dos números gerais, o Datafolha também calculou o percentual alcançado pelos candidatos em segmentos do eleitorado como sexo e nas regiões do país. O quadro ao lado mostra as intenções de voto totais (que não incluem brancos, nulos e indecisos) de Dilma e Serra apuradas pelo instituto.
Entre os homens, Dilma aparece com 51% das intenções dos votos totais, contra 39% de Serra. Já entre as mulheres, Dilma e Serra têm, individualmente, 43% das intenções
No Norte/Centro-Oeste, Dilma foi de 44%, apurados no levantamento de 10 de outubro, para 45%, e Serra manteve os 46% da pesquisa anterior.
No Sudeste, Dilma foi de 41% para 43%, enquanto Serra se manteve em 44%.
No Sul, Dilma foi de 43% para 40%; novamente, Serra manteve o índice anterior, de 48%, de acordo com o Datafolha.
No Nordeste, Dilma passou de 62% para 60%; Serra foi de 31% para 30%.

Presidente do PT diz que candidatura da Dilma voltou a crescer

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que as pesquisas internas de acompanhamento diária da campanha, encomendadas ao Ibope e Vox Populi, indicam uma retomada do crescimento da candidata petista. Segundo Dutra, esse rastreamento mostrou o pior resultado para Dilma na segunda-feira, quando a diferença com o tucano José Serra caiu para 5 pontos. Nesta sexta-feira, disse, a diferença foi ampliada para 10 pontos.
"Pelos nossos levantamentos, essa diferença chegou a 5 pontos, mas agora a Dilma começa a dar uma recuperada", disse Dutra.
Dutra disse ainda que a partir de agora a campanha de Dilma ganha novo impulso, com um chamamento à militância.O comando de campanha de Dilma reuniu-se na manhã desta sexta-feira em Brasília e, com a presença do presidente Lula, cobrou uma presença maior dos militantes na rua e da própria candidata.
Ficou estabelecida no encontro a estratégia de concentrar a campanha de Dilma nos maiores centros - São Paulo, Minas Gerais e também no Paraná -, mas o Norte e Nordeste não serão descuidados e deve haver eventos na candidata no Ceará, Pernambuco, Bahia e Amazonas.
"Conversamos sobre a necessidade de botar o bloco na rua. Já estamos fazendo isso, conversando com vereadores, deputados estaduais, federais, prefeitos, é um processo de chamamento. Numa disputa como essa a militância faz a diferença. A perplexidade (que houve no fim do primeiro turno) já está superada", afirmou o presidente do PT, José Eduardo Dutra.
Recorde na aprovação ao presidente Lula
A mesma pesquisa Datafolha mostra que a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a subir na reta final da eleição, após meses de estabilidade, e atingiu na segunda semana de outubro seu maior índice desde que o petista foi eleito.
Pela primeira vez, a aprovação do presidente chega a 81% de ótimo/bom, recorde na série histórica do Datafolha.
No levantamento realizado na semana passada, 78% dos eleitores brasileiros consideravam a administração de Lula ótima ou boa. Antes, a melhor avaliação havia sido atingida em 24 de agosto (79%).
O pior momento do petista na Presidência foi entre outubro e dezembro de 2005, quando 28% avaliavam-na como ótima ou boa. Nessa época, Lula enfrentava as denúncias relacionadas ao mensalão.
No levantamento atual, 15% consideram o atual governo regular, enquanto 4% avaliam que ele é ruim ou péssimo.
A nota atribuída ao governo Lula no levantamento atual é de 8,1, ante 8 na semana passada.
Da redação,
Cláudio Gonzalez, com agências

Manifesto das juventudes com Dilma

Em reunião, juventudes partidárias firmaram manifesto apoiando Dilma Rousseff. Confira o documento:
O primeiro turno da eleição presidencial mostrou uma grande disposição do povo brasileiro de dar seguimento as mudanças que o Governo Lula iniciou no Brasil.
A juventude protagonizou as principais mudanças históricas ocorridas no Brasil, como os caras-pintadas e as duas eleições de Lula, e nesta eleição não tem sido diferente. Os brasileiros com idade entre 16 e 35 anos representam 40% do eleitorado, e tiveram um papel fundamental neste primeiro turno, votando massivamente para o Brasil seguir mudando e para construir uma nova cultura política no país.
Agora, neste segundo turno, está nas mãos dos jovens o Brasil que nós queremos. Se voltamos para os anos em que a juventude não era levada a sério, ou se damos continuidade a este que é o governo das oportunidades para todos.
E neste momento, não podemos vacilar!
O que está em jogo neste segundo turno são dois projetos de Brasil.De um lado, o projeto neoliberal que diminuiu a soberania nacional, vendeu o patrimônio brasileiro, sucateou a universidade pública, proibiu a criação das escolas técnicas federais e aumentou o desemprego entre os jovens. Com eles, a juventude nunca esteve tão marginalizada.
E de outro, o Brasil das oportunidades. O Brasil dos jovens no ensino superior, com as novas universidades federais, o Reuni e o Prouni; o Brasil dos jovens com qualificação e acesso ao mundo do trabalho, com as novas escolas técnicas, os milhões de empregos gerados e o Projovem; o Brasil do Pré-Sal, da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Com Lula e Dilma, a juventude protagoniza o desenvolvimento do país.
Agora, vamos construir uma grande mobilização, mostrando o quanto esta eleição é importante para o presente e o futuro da nossa geração.
Em cada escola, cada universidade, cada praça, cada local de moradia e trabalho, a juventude vai dar o tom do segundo turno, com muitas atividades, ocupando as ruas do Brasil. Vamos realizar muitas panfletagens, caminhadas nos grandes centros urbanos, montar comitês e produzir debates nas universidades e escolas, montar bancas de divulgação nas principais praças das cidades.
Na internet, vamos movimentar as redes sociais, com um debate qualificado, sem baixarias, apresentando tudo que o Governo Lula fez para mudar a vida do jovem brasileiro para melhor, e tudo que Dilma fará para que tudo isto siga acontecendo e que tenhamos muito mais!
Vamos conquistar os votos daqueles que sabem que os demo-tucanos não representam o caminho para um Brasil melhor, mais justo, soberano e sustentável.
Vamos conquistar os votos daqueles que sonham com o Brasil melhor a cada dia, que Lula começou e Dilma vai continuar e fazer muito mais!
Agora é Dilma Presidente, para o Brasil seguir mudando com a força do povo e da juventude!