terça-feira, 26 de julho de 2011

Encontro coloca em pauta cooperação internacional sobre Juventude

Representantes do Conjuve irão debater experiências como Projovem e Brasil sem Miséria.
 
Nesta segunda e terça-feira (25 e 26 de julho) está sendo realizado,  em Nova Iorque, o Encontro de Alto Nível das Nações Unidas sobre a Juventude, marcando mais uma celebração do ano internacional dedicado ao segmento. Com o tema “Juventude: Diálogo e compreensão mútua”, o evento  contará com participantes de governos, ONGs e entidades da sociedade civil de diversos países. O Brasil estará representado pela secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, e pelo presidente do Conselho Nacional de Juventude, Gabriel Medina. Com o apoiio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFA), a secretária fará uma apresentação das ações e programas de cooperação desenvolvidos pelo governo para o público juvenil.
 
Segundo Severine Macedo, esta será uma boa oportunidade de o país mostrar o que vem realizando em prol da agenda juvenil. “Nossa expectativa é debater experiências como o Projovem e outras questões relevantes, como a participação social” e a Agenda de Trabalho Decente para a Juventude. Além das iniciativas específicas para o público juvenil, a reunião discutirá algumas políticas de Estado, a exemplo do programa “Brasil Sem Miséria”.
De acordo com os organizadores, a reunião acontece às vésperas do fim do Ano Internacional da Juventude (agosto de 2010 a agosto de 2011) com o intuito de colocar em pauta temas como cooperação internacional, participação ativa dos jovens e desafios para o seu desenvolvimento. O Encontro de Alto Nível, idealizada pela Assembleia-Geral da ONU, em março de 2011, será composto por duas mesas redondas, no dia 25/7, e duas plenárias, que serão realizadas no dia 26.
Em dezembro de 2009, a Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 64/134, proclamando o período de agosto de 2010 a agosto de 2011 como o Ano Internacional da Juventude, com o objetico de encorajar o diálogo e a compreensão entre gerações e estimular os jovens a promoverem o progresso, com ênfase nas Metas do Desenvolvimento do Milênio. Com a iniciativa, a ONU reforçou o tema em nível internacional, por meio de uma vasta programação,que incluiu uma conferência global, realizada no México no ano passado. A Conferência do México foi precedida da Pré-Conferência das Américas, organizada pelo Brasil, em reconhecimento à atuação do país nessa área. O evento foi realizado em maio de 2010, na cidade de Salvador (BA), com a presença de 26 países das Américas, além da Espanha e França, que participaram na condição de observadores.
Para vencer o desafio da inclusão, o governo brasileiro criou programas específicos para a juventude, a exemplo do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), que oferece elevação de escolaridade, capacitação profissional e inclusão digital, além de um auxílio financeiro mensal. Criado em 2008, o Programa atua nas modalidades Projovem Urbano; Projovem Campo; Projovem Adolescente  e o Projovem Trabalhador. De 2008 a 2010, a iniciativa atendeu mais de 2 milhões de jovens em todo o país.
Para Severine Macedo, “a experiência de ter um programa direcionado para jovens, que integra elevação de escolaridade, qualificação profissional e participação cidadã, demonstra que é possível assegurar a inclusão dos jovens que vivem hoje em uma situação de vulnerabilidade social. Além do Projovem, diversos outros programas contribuem para esse objetivo, a exemplo do Prouni, que assegura o acesso dos jovens às instituições de ensino superior privado, por meio da concessão de bolsas, e de políticas estruturais, como os investimentos na criação de escolas técnicas.
Por Conjuve.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

UBES faz 63 anos e prepara grande CONEG

Entidade representante dos secundaristas faz aniversário em momento de grandes mobilizações.
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) completa neste 25 de julho 63 anos. Em sua trajetória, muitas lutas em prol da juventude e do Brasil, incluindo a participação nas manifestações contra a ditadura militar, nas Diretas e no Fora Collor e, mais recentemente, contra a mercantilização da Educação. Nesse aniversário, a UBES se prepara para outras grandes mobilizações nos próximos meses.
No fim de agosto, mais especificamente no dia 31, a entidade se junta à UNE para promover mais uma Jornada de Lutas que irá levantar a bandeira dos 10% do PIB e dos 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a Educação. Para a data, os estudantes prometem uma grande passeata em Brasília, servindo também como marco de abertura para o 13º Conselho Nacional de Entidades Gerais da UBES, com duração até o dia 03 de setembro. No contexto do CONEG estará ainda o Encontro de Mulheres, no dia 01 de setembro.
Histórico - A UBES está enraizada na sociedade brasileira e presente nas principais discussões em curso no país. Representando os alunos dos Ensinos Fundamental, Médio, Técnico, Profissionalizante e Pré-Vestibular de Brasil ela reúne em torno de si todos os grêmios das escolas públicas e particulares, além das entidades estaduais e municipais secundaristas.
Desde 1948, a UBES defende a juventude, a educação e uma nação livre e soberana, ao lado dos principais movimentos sociais. As lutas dos secundaristas de hoje são pelo Passe Estudantil (Meio Passe ou Passe Livre) no transporte público municipal e intermunicipal para os estudantes, o combate à evasão escolar e pela obrigatoriedade do ensino da Sociologia e Filosofia no Ensino Médio. A UBES também defende a reserva de vagas para estudantes da rede pública nas universidades e a aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb.
A instituição participa do Conselho Nacional de Juventude e da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), ao lado da UNE, MST, CUT movimentos de moradia, pastorais e diversos sindicatos. Sempre a favor da juventude e da cultura, os secundaristas continuam rebeldes, com causa e personalidade para transformar o Brasil.

domingo, 17 de julho de 2011

UNE aprova resoluções no primeiro dia de plenária final


Teve início nesse sábado (16), no Ginásio Goiânia Arena, a plenária final do 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Durante todo o dia foram votadas as resoluções que deverão nortear o trabalho e a ação da entidade nos próximos dois anos. Essas resoluções são fruto das teses apresentadas pelas forças políticas que compõe o congresso, bem como do acúmulo gerado pelas discussões do ciclo de debates, promovido na sexta-feira (15).

Todas as propostas apresentadas foram lidas para o conhecimento dos delegados. Foi produzido também um caderno de teses, com os posicionamentos políticos de todas as forças presentes no congresso. Além das resoluções, foram aprovadas também diversas moções.

Resoluções Consensuais

Foram aprovadas diversas resoluções consensuais nas áreas de solidariedade internacional, cultura e educação como extensão, esporte, educação e direitos humanos. Entre as linhas aprovadas, destacam-se o apoio à criação da Comissão da Verdade na Câmara dos Deputados, a luta pelo reconhecimento dos diplomas brasileiros no exterior, a fiscalização por parte da UNE sobre os investimentos na Copa do Mundo e das Olimpíadas e a destinação de 10% do PIB para a educação.

Polêmicas

As propostas de resolução polêmicas surgiram em três temas: a análise de conjuntura, a educação e o Movimento Estudantil. A votação das propostas polêmicas foi realizada no período vespertino se encerrou no final da noite. Ao todo, foram apresentadas 15 propostas diferentes dentro dos três temas citados.


Estudante defende proposta na plenária final do 52º CONUNE

Na análise de conjuntura, a resolução aprovada ressalta o período de mudanças que o país vive desde a eleição de Lula em 2002 e que essa vitória é fruto da conscientização popular. Apesar disso, o texto afirma que o governo Dilma Rousseff tomou medidas que contrastam com as necessidades do povo brasileiro, destacando a política econômica conservadora adotada. “(...)existem entraves e políticas que só jogaram contra os interesses do país e do povo. O principal deles foi a política macroeconômica extremamente conservadora conduzida pelo Banco Central, baseada em taxa de juros elevadíssima e câmbio livre. Embora Henrique Meirelles tenha caído na transição, a política de juros altos e superávit primário permanece, nos colocando na vergonhasa posição de pais com a mais alta taxa de juros do mundo”

A resolução aprovada sobre a educação ressalta diversos pontos fundamentais para que seja garantida uma universidade de qualidade e que contribua para o crescimento do país. Foram abordadas questões como o financiamento da educação, o acesso às instituições de ensino, a universidade a serviço do desenvolvimento nacional, a importância do Plano Nacional de Educação (PNE), a gestão democrática, entre outras. Outro ponto levantado foi a necessidade de reestruturação das universidades estaduais, com participação federal no investimento das mesmas.




A resolução de Movimento Estudantil referendada pelos delegados apontou diversas atividades a serem promovidas pela UNE nos próximos dois anos. Entre elas está o fortalecimento das experiências de encontros setoriais da entidade, como o Encontro de Mulheres Estudantes (EME) e Encontro de Negros, Negras e Cotistas (ENUNE), apontando na realização do Encontro LGBT e Encontro de Meio Ambiente e a realização de novos encontros de Estudantes do PROUNI e das caravanas temáticas(Saúde, Cultura e de outros temas).

Amanhã (17/07), a partir das 10 horas da manhã, terá início a última parte da plenária final: a eleição da nova direção da UNE. As resoluções aprovadas, na íntegra, podem ser baixadas no portal da UNE – www.une.org.br

De Goiânia,
Artur Dias

sábado, 16 de julho de 2011

Lula discursa em congresso da UNE em Goiânia

Além do ex-presidente, CONUNE também foi exaltado pelo ministro Fernando Haddad.
 
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva compareceu ao 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) para “matar a saudade”, como disse aos estudantes reunidos em Goiânia. Lula admitiu que “não via a hora de falar no microfone”, e exclamou: “Há quanto tempo não faço um discursinho”. Lula reapareceu com seu estilo, alfinetou a oposição e “as elites”, enumerou as conquistas de seu mandato, em especial, na área de educação.

O ex-presidente disse que a imprensa tenta criar animosidade entre ele e Dilma Rousseff ao ressaltar diferenças de estilo de governar. “Não precisa ser especialista para saber que somos diferentes”. Segundo Lula, “o dia em que tiver divergências [com a presidenta], ela vai estar com a razão”. Lula também criticou parte da imprensa que disse que a UNE promoveu um encontro “chapa-branca”, sob o patrocínio de estatais como a Petrobras, Eletrobras, Caixa Econômica Federal, além dos ministérios do Transporte, Turismo, Saúde, Esporte e Educação. A representação estudantil também teve apoio da Prefeitura de Goiânia, do governo de Goiás e da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

“Na TV tem propaganda de quem?”, perguntou Lula à platéia. “Para eles é democrático, para vocês é chapa branca”, e acrescentou “alguns jornais se acham nacionais, mas os grandes [veículos] de São Paulo não chegam ao ABC”. Segundo Lula, a população sabe que não precisa mais de “intermediários” para ter acesso à informação.

O presidente da UNE, Augusto Chagas, afirmou aos jornalistas que, apesar da presença de Lula, do ministro da Educação, Fernando Haddad, e dos cerca de R$ 3 milhões recebidos do governo, “ainda não contabilizados” para fazer o congresso, a entidade mantém a autonomia em relação ao governo. Na programação do Congresso, uma passeata irá pedir que os royalties da exploração do petróleo na camada do pré-sal sejam investidos em educação e atinjam 10% do Produto Interno Bruto (PIB). O governo trabalha com a projeção de 7%.

Em discurso, Haddad defendeu a UNE. “Algumas pessoas acham que é possível comprar consciência com alguns trocados. Estudantes não se vendem por dinheiro nenhum”, elogiou, antes de dizer que tinha “autoridade para participar de cabeça erguida” do congresso porque o governo manteve um canal aberto com os estudantes para conhecer suas reivindicações. Para o ministro quem não se comove com a ascensão de famílias de origem pobre que agora têm filhos na universidade, “tem que ser diretor do Banco Central”.

Por Agência Brasil.