sexta-feira, 9 de março de 2012

UEE protesta e paralisa aulas da faculdade Anhanguera em São Bernardo

A União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), em conjunto com o Sindicato dos Professores do Ensino Privado do ABC (Sinpro-ABC), realizou na noite desta quarta-feira (7/3), a primeira paralisação do campus Santo Amaro da Faculdade Anhanguera. Mais de 1.500 estudantes estiveram no ato pedindo melhorias no ensino oferecido pela instituição. Demissão de professores, superlotação de salas, mudanças na grade curricular sem aviso prévio, diminuição da carga horária obrigatória e aumento abusivo de mensalidade são apenas algumas das reclamações feitas pelos estudantes.
Com carro de som, nariz de palhaço e indignados com o total descaso da instituição, os estudantes cantaram “pago não deveria, educação não é mercadoria” e saíram às ruas para cobrar providências. Chamando a atenção para suas pautas, eles paralisaram o trânsito nas imediações da universidade por cerca de 15 minutos.
Uma comissão foi montada para tentar negociar com a universidade, porém não obteram sucesso. Após o ato, os estudantes se reuniram para definir os próximos passos e discutir a necessidade de montar dentro das unidades do Grupo Anhanguera um espaço para o movimento estudantil.
“Neste momento, é muito importante tentar consolidar dentro da Anhanguera um centro acadêmico ou um diretório central. Precisamos que a voz dos estudantes sejam capitadas e unificadas nessas instituições”, pontua o diretor de assistência estudantil da UEE-SP, Caio Cesar Couto.
Eleita na última reunião da diretoria executiva da entidade como a “Instituição de Ensino inimiga da educação”, a Anhanguera entrou na “mira” dos estudantes após realizar uma série de demissões em massa. Durante a transição da compra de 13 campus da Universidade Bandeirantes (Uniban) pelo Grupo, foram dispensados mais de 1.500 professores mestres e doutores da universidade, visando o lucro por meio do trabalho de profissionais com titulação inferior.
“Não é à toa que elegemos o Grupo Anhanguera como inimigo da educação. Cada dia mais eles se mostram donos deste título pela forma como tratam os estudantes. Por não existir diálogo nem acordo, vamos ampliar cada vez mais as paralisações e mobilizações na porta dos campus”, afirma o presidente da UEE-SP, Alexandre Silva.
Fonte: Por Thatiane Ferrari (UEE-SP)

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